quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A desgraça do ensino

Todos os anos o cenário repete-se. Milhares de professores contratados angustiam e arrastam obviamente as suas famílias na incerteza do que será o seu ano letivo.
Este ano o problema agudiza-se. Se até aqui, a 31 de Agosto tudo era conhecido, para o bem, ou para o mal, este anos milhares e milhares de professores continuam sem saber para onde vão trabalhar ou tão pouco se o vão fazer. Estamos a 11 de Setembro. 11! E o primeiro ministro vem a público (com a maior lata devo dizer) que está tudo dentro do normal e que as escolas a partir de amanhã estão em condições de iniciar o próximo ano letivo!
OI??? Então mas se os professores ainda não foram colocados como raio é que vai começar o ano? Não precisa deles?
Eu estou em crer que é desta que ele enfia os putos na escola, lhes fecha a porta na esperança que eles ganhem entusiasmo e peguem nos livros, e qual auto didactas aprendam sozinhos.
Claro que há os professores dos quadros que estão lá, mas será que professores, muitos deles no limite da idade da reforma, dão conta de turmas de 35 putos aos gritos e adolescentes com hormonas aos saltos?
A Nova escola pública tem novo lema senhores, e não se enganem, não é nada ao estilo "melhor ensino para todos!"  será antes... "nós estamos cá para sorrir e acenar" é isto que os professores vão fazer em turmas com 35 alunos. O barco entra em auto-gestão e desengane-se quem pensa que isto vai melhor. Nem pensar. O estado vai pagar a milhares de professores para estes estarem no desemprego, sem poderem trabalhar enquanto nas escolas, quem lá está (afortunados ou não) são pagos para darem aulas a turmas gigantes e sem condições.
Neste momento sinto que contribuo com os meus impostos (e não são poucos) para um ensino sem qualidade. Pago para estarem professores qualificados em casa quando estes eram precisos no terreno. Tenho pena dos putos, dos pais (que andam enganadinhos de todo na ilusão que os filhos estão lá para aprender), dos professores que ficam de fora e deviam estar no terreno e dos que estão e tem de dar aulas como se estivessem a ensinar em anfiteatros. Basicamente tenho pena de todos, até do primeiro ministro que foi bem enganado e acha que está tudo normal e bem encaminhado....

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