sábado, 19 de novembro de 2011

Ora agora explique lá como se eu tivesse só 3 anos.

Ontem Entrevista a Alberto João Jardim na TVI:

José Alberto de Carvalho: "Vamos falar de possíveis consequências deste plano para os madeirenses".
Alberto Joao Jardim: "Vai ser duro"
...

JAC: "Mas vão incidir sobre os madeirenses dois planos de resgate?
AJJ: Não! É um só...
JAC:..Vai aumentar os impostos na Madeira?
AJJ: Não, Não vou.
JAC: vai haver privatizações?
AJJ:  Vai, a começar pelos transportes.
JAC: E já definiu algum?
AJJ: Ai ainda Não! Calma!...
JAC: Despedimentos na administração regional?
AJJ: Não, para mim isso é sagrado.
JAC: Reduções salariais adicionais na administração regional?
AJJ: Não vai haver nada adicional em relação ao continente.
JAC: Então como é que vai contribuir para o esforço Nacional...?
AJJ: Vou fazer obras, vou fazer muitas obras."

OI? Desculpe? Ele se calhar queria dizer "vou para as obras", por isso é que disse que ia ser duro!
É, deve ser isso. Só pode, não vejo outro motivo.

Então o país está endividado até ás orelhas, a Madeira tem uma dívida do tamanho de um elefante. E por falar em elefantes o que não falta lá são edifícios vazios que são verdadeiros elefantes brancos e ele vai melhorar o cenário como? Fazendo mais obras.
É isso tio Alberto. Mostre-nos como é que se enterra isto mais um bocadito que o povo por cá ainda não deve ter percebido muito bem.




3 comentários:

  1. É isso vai ser duro porque vai para as obras...Não pode haver outra explicação:)

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  2. Querida VE, mas quem vai pagar a crise da Madeira, somos nós... os cubanos!!

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  3. Querida Verniz Escarlate,
    É bem verdade e tenho que reconhecer que o Sr. Alberto João Jardim nunca primou pela "boa educação" perante o público e sempre disse e fez o que lhe passava pela cabeça sem ter, a maior parte das vezes, um pouco de "elegância" e gentileza verbais. No entanto, devo, como residente na Madeira, deixar aqui o meu comentário. Porque o que se vê na televisão e se ouve na rádio sobre a Madeira é apenas o que se vê e o que se ouve. Não é que se passa na realidade. Confesso já estar um bocado "farta" de ouvir falar no buraco da Madeira, quando Portugal Continental deve ter uma cratera e não um buraco. Pergunto-me se o nosso buraco é um elefante, quantos elefantes caberão na cratera de Portugal Continental? Porque disso ninguém fala. É fácil arranjar-se um bode expiatório e esquecer todos aqueles que também contribuiram para o estado em que o nosso país se encontra neste momento. Pergunto ainda porque os portugueses de Portugal Continental "atacam" os mesmos portugueses da Madeira? Afinal, somos ou não somos todos pertencentes à mesma nação? Se em Portugal Continental existe crise, na Madeira também. Pode ser um pouco menos, porque o lugar também é mais pequeno, mas não tenha dúvidas de que a crise também nos bateu à porta. O que não entendo ainda é porque é que, em vez de andarmos aos tirinhos e a jogar a culpa uns em cima dos outros, não nos unimos como povo e combatemos aqueles que nos levaram a esta situação. Porque creio injusto culpabilizar o povo madeirense por uma crise que foi criada pelo governo central. Não é verdade que não vão haver aumentos na Madeira(já os houve em muitos sectores - alimentar, por exemplo e acredito que em breve também nos transportes), não é verdade que não nos reduziram nos salários (porque já o fizeram). A questão é que vivemos numa ilha que, para além de ter produtos mais caros do que em Portugal Continental (como é caso de revistas, alimentação, peças de automóvel, entre outros -caso não se saiba), também não tem tanta variedade nem quantidade de escolhas. Os produtos alimentares na Madeira estão nas mãos de duas grandes empresas NACIONAIS, não madeirenses - o Pingo Doce e o Continente. Aqui essas duas empresas colocam os preços que querem e nós temos que pagar porque não temos escolha. Porque aqui não existem Jumbos, nem Mini Preços, nem Inter Marchés, nem Lidl's. E dou mais exemplos: se queremos fazer uma viagem da Madeira para Portugal Continental temos apenas o avião ou o barco. Uma viagem da Madeira para Lisboa é caríssima, é mais caro do que viajar até uma capital europeia. E a viagem de barco é igual (o Armas, que vai para Portimão).
    E para terminar, porque o comentário já vai muito longo, acho que não se deve acreditar em tudo o que se ouve, mas depois de ouvir, que ouvir deve-se sempre, deve-se confirmar aquilo que foi dito, perguntando-se se o que se ouviu corresponde à realidade.

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